O Gimnásio Clube de Faro volta a trazer ao Algarve o que de melhor se faz a nível nacional na área do Spoken Word.
Serão três dias de palavra dita, poesia e performance, numa abordagem contemporânea, que funde a arte da palavra com dança, música, teatro e vídeo. O público também é convidado a partilhar textos e poemas em serões de “microfone aberto”, em que o único limite é a vontade de participar.
Dia 11 de Novembro (Sexta-feira às 21h45):
- O festival abre com os algarvios de Tavira: Vitor Correia (poesia), Pedro Antunes (guitarra). “Uma viagem a não perder, pela poesia de alguns dos melhores poetas de sempre, com interpretação de Vítor Correia, acompanhado pela guitarra de Pedro Antunes. Venham que a viagem promete.”
- Bocados Brutais com Fernando Évora, Isabel Silveira, José Granja e Emanuel Cortes. Os Bocados Brutais são um grupo (espécie de banda, como gostam de dizer) que se formou em Abril de 2018. Desde então têm dado alguns espetáculos (não muitos, pois há mais poetas que amantes de poesia). Vivem todos em São Teotónio, concelho de Odemira. Segundo os próprios, dizem poesia unplugged, embora usem microfones quando tal se torna necessário. Têm várias coleções de poemas, como o espetáculo “Pecados bocais” ou o “Nazi no Anzol”, além de cromos soltos, mas (quase) sempre com o pecado presente. São algumas dessas peças de coleção que nos trarão ao Festival Spoken Word Calceteiros de Letras.
Dia 12 de Novembro (Sábado):
- 15h30: Workshop”Oficina de Palavras” com Pedro Lamares (https://www.facebook.com/events/428394299371632/?ref=newsfeed).
- 21h45: Os Valentes (Maze (Dealema) & Francesco Valente). O músico e poeta urbano Maze, através da sua capacidade de exploração alquímica da palavra, desafiou o contrabaixista Francesco Valente para a criação de um projecto ao vivo que cruza a spoken word com o experimentalismo jazístico. Cada palavra de cada texto de Maze aspira ser uma semente que depois de depositada na fértil terra dos nossos pensamentos e de passar pelo filtro do coração, nos permite sentir a vida com a abrangência da perspectiva de outrem que passa também a ser nossa. É a palavra usada como arma letal, contra a injustiça, a ignorância, o ódio, o preconceito, usada como arma de transcendência, de superação, de liberdade, de amor. Um espectáculo que é também uma viagem sonora que combina a spoken word e a poesia urbana.
Dia 13 de Novembro (Domingo) a partir das 15h30:
- A partir das 15h30: Calceteiros de Letras. Com o envolvimento de coletivos ligados ao mundo das artes, escolas associações, poetas amadores, que em conjunto preparam performances à volta do imaginário da poesia. Seguem-se depois várias performances, que passamos a citar.
- April Lee Fields e João Caiano, artista internacional de spoken word, autora e cantora xamânica April Lee Fields vai ao palco com João Caiano músico em versão Looper. Contra um instrumental cheio de alma. April levemente transforma a calma da palavra escrita em vida, emergindo quem a ouve na antiga arte da história & música.
- Catarina Costa. “Um dia normal | Ele | Ela | À Capela”. Poesia e Dança
- Ana “Simon” Simão”. “Neurodiversidade feminina”
- Eurídice Coelho – Piano
- Projeto INCORPORA – “Horóscopo de Mulheres”. Performance de poesia e dança, inspirada no poema “Horóscopo de mulher” de Fernando Pessoa. Através da dança e da palavra os intérpretes percorrem o poema dando- lhe variados significados.
- Alunos da Escola Tomás Cabreira . “Pesadelos” Performance pelos alunos do curso de intérprete de ator/atriz da Escola Tomás Cabreira 1º e 3º anos.
Este final de tarde culmina com a entrega do prémio Calceteiros de Letras (o vencedor será divulgado no próprio dia), que distingue um artista ou entidade que ao longo dos anos tenha contribuído para a difusão da palavra e da poesia de forma criativa e original.
O prémio é criação do artista plástico João Frank, que é ainda o autor de vídeo mapping que vai ser exibido na abertura de cada uma das sessões do Festival.
Dia 13 de Novembro (Domingo) a partir das 21H30, encer
ramos o Festival com o espetáculo de Pedro Lamares, “A Forma Justa”.