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Festival MED vai ter Dino D’ Santiago, Paulo Flores, Milhanas e Ferro Gaita

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O MED acaba de anunciar os primeiros nomes desta edição, que vai ter Cabo Verde como país convidado. Dino D’ Santiago, Milhanas, Paulo Flores, a garota não e Valter Lobo são alguns dos grandes destaques desta que vai ser a 21ª edição do Festival MED.

O Festival MED está de regresso à zona histórica de Loulé, de 26 a 29 de junho, com muita e boa música, um programa multidisciplinar e multicultural e um ambiente onde se respiram as diversas vivências do mundo. O evento voltou a marcar presença na BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market para uma apresentação ao público, parceiros e potenciais mercados turísticos. Os primeiros nomes que vão fazer parte do cartaz foram anunciados neste momento, bem como o país em foco este ano. Depois de, em 2024, Marrocos ter iniciado um novo capítulo do festival – o “País Convidado” -, será Cabo Verde a estar em destaque nesta 21ª edição do MED.

Como tal, para trazer o que de mais genuíno este país tem para oferecer, vai ser recriado um Pátio, símbolo da cultura cabo-verdiana e que faz parte da arquitetura tradicional das ilhas. Local de encontro para a família e vizinhos, aqui realizam-se festas, reuniões e atividades do dia a dia, sendo uma das áreas de destaque a cozinha ao ar livre. É este espírito comunitário que o MED pretende trazer ao Claustro do Convento Espírito Santo, onde gastronomia e artesanato se vão misturar com as sonoridades quentes de Cabo Verde.

A música deste país vai, por isso, estar em foco no cartaz do MED, desde logo através da presença de Carmen Souza, que vai fazer um show-case no Cineteatro Louletano, a 10 de maio, durante a apresentação final do Festival MED. Cantora luso-caboverdiana, batizada pela imprensa internacional como a “Ella Fitzgerald de Cabo Verde” ou a “nova Cesária Évora”, combina uma virtuosa técnica vocal jazzística com uma série de influências lusófonas, que vão do fado ao samba, da morna à bossa nova, incluindo baladas agridoces ou o “blues cabo-verdiano”. É hoje uma personalidade forte da world music e uma das cantoras de jazz de mais sucesso.

Ceuzany é a artista que fará o concerto inaugural, ainda antes do festival abrir oficialmente as portas, na noite de 25 de junho, no Palco Castelo. Nascida no Senegal, filha de pais cabo-verdianos, com dois anos de idade foi viver para o Mindelo. Foi vocalista do Cordas do Sol, grupo que deixou em 2013, ao iniciar a carreira a solo. O sucesso fez-lhe merecer inúmeras nomeações nos Cabo Verde Music Awards e vencer os prémios de melhor música tradicional e melhor intérprete feminino, em 2017.

Os Ferro Gaita estão também de regresso ao MED, embaixadores do funaná, são uma das maiores instituições musicais de Cabo Verde. Trazem a sua terra na alma e o ritmo no coração e, uma vez mais, levam à Zona Histórica de Loulé toda a festividade e riqueza musical de África.

Num concerto especial, o músico Dino D’Santiago junta-se aos icónicos Os Tubarões, sem a menor sombra de dúvida, um dos maiores emblemas musicais de Cabo Verde e um dos grupos mais representativos da música deste país no período de transição rumo à independência e democracia. Autênticas lendas espalharam por uma, hoje muito celebrada, discografia algumas das mais importantes peças do cancioneiro de um país que continua a inspirar o mundo, com as suas mornas, coladeiras e funaná. Dino, filho do concelho de Loulé dispensa apresentações pelo que é hoje não só em termos musicais, mas também como ativista pelas causas sociais, estando envolvido em vários projetos ligados à equidade e igualdade social. Este desafio lançado pela organização do MED ao músico quarteirense está já a suscitar interesse para a realização de novos concertos.

Primeiros 25 nomes conhecidos

Em 2025, o MED conta com 90 horas de música, 54 concertos, 338 músicos, 27 nacionalidades, 2 delas novas (Porto Rico e País de Gales), 12 palcos, 100 expositores de artesanato, 2 exposições de arte, 12 grupos de artistas de rua e 1 país convidado, Cabo Verde. Além dos artistas de Cabo Verde, destacam-se outros espetáculos que se prevê venham a gerar grande interesse da parte do público.

Em mais um concerto especial, Espanha e Portugal juntam-se em palco pelas vozes de Sílvia Pérez Cruz e Salvador Sobral. Este será um momento imperdível, com uma das melhores cantoras que nuestros hermanos nos ofereceram nas últimas décadas, espírito inquieto, curioso, hiperativo; Silvia vai estar em Loulé pela terceira vez para partilhar o palco com Sobral, o primeiro vencedor português da Eurovisão, em 2017, com “Amar pelos Dois”, cantor e compositor que, com um estilo muito próprio, tem já uma carreira recheada de prémios.

O fado não podia faltar no alinhamento musical do MED e este ano terá um “peso pesado”: Carminho! Artista incomparável, conhecida pela sua voz marcante, talento, composição e dedicação artística inabalável, tem levado o fado aos quatro cantos do mundo e um dos exemplos disso mesmo foi a participação no filme “Pobres Criaturas”, com a música “O Quarto”, película vencedora do Óscar de Melhor Banda Sonora Original em 2024. Esta edição conta ainda com duas encomendas com artistas nacionais: O Gajo & As  Sanfonas da Ponte Velha, que junta o português João Morais, músico que deu uma nova roupagem à viola campaniça, e um grupo de sanfonas de Santo Tirso que nos traz música tradicional de Portugal e da Galiza; e Stereossauro convida Ana Lua Caiano e Pedro Joia, encontro entre o DJ português, a doçura de uma das vozes femininas da nova geração da música portuguesa e o virtuoso guitarrista.

Filho do mítico Ali Farka Touré, Vieux Farka Touré conquistou rapidamente o seu lugar no mundo artístico e é hoje considerado pela crítica como uma das grandes figuras da música do Mali.  Vieux Farka Touré, virtuoso guitarrista, compositor e letrista, conhecido como o “Hendrix do Sahara” sobe ao palco do MED nesta 21ª edição. De Trindade e Tobago vem uma das vozes femininas deste festival.

Jeneile Osborne, mais conhecida como Queen Omeqa, iniciou a carreira musical a cantar em bandas de calipso e soca, mas foi no universo reggae que se afirmou. Ganhou popularidade, em 2023, depois da sua música “No Love Dubplate” com o DJ/produtor musical suíço Little Lion Sound a ter mais de 38 milhões de visualizações no Youtube.

De referir que em 2025 serão dois países que terão, pela primeira vez, um representante no Festival MED: Porto Rico, com a cantora e compositora iLe, e País de Gales, com Cerys Hafana, harpista que transforma música tradicional do país em algo inovador.

Os primeiros nomes já confirmados no Festival MED’25 são: Ferro Gaita, Dino D’Santiago & Os Tubarões (Cabo Verde), Ceuzany (Cabo Verde/Senegal), Carminho, a garota não, Valter Lobo, Stereossauro convida Ana Lua Caiano e Pedro Joia, O Gajo & As Sanfonas da Ponte Velha e Milhanas (Portugal), Sílvia Pérez Cruz e Salvador Sobral (Espanha/Portugal), Systema Solar (Colômbia), Vieux Farka Touré (Mali), Barrut (França), Balqeis (Egipto), Fulu Miziki (República Democrática do Congo), iLe (Porto Rico), Sofian Saidi (Argélia), Justin Adams & Mauro Durante (Reino Unido/Itália), Cerys Hafana (Pais de Gales), Shkoon (Síria /Alemanha), Alain Pérez y la Orquestra (Cuba), Paulo Flores (Angola), Tarwa-N-Tiniri (Marrocos) e Queen Omega (Trindade e Tobago).

Nas 20 edições já passaram pelo MED mais de 380 mil visitantes e 710 bandas, em representação de 77 países.